Folheando páginas em branco, sem perfil, sem contraste, sem cor, sem textura
Que revele enigmas adormecidos acordando o pouco de ti em mim que restou!
Dentro de minh'alma angustiada sofrida, e imortal a essa obstinada procura.
Cálidas lágrimas plangiam essa busca por mim, levando-me, ao teu destino!
Encontro-te em um Santuário envolto o sono das borboletas te faço um Zeus
Cubro-te com lírios perfumados antes da vinda de mais um crepúsculo matutino!
Vejo teus olhos fechados, enquanto ainda há um lindo sorriso nos lábios teus.
Tu dormes langoroso em um leito gélido, levando nossos sonhos embrulhados!
Um feito que o destino impreciso teceu, restando ecos de lembrança e saudade
Ao léu na penumbra de uma sombra que vaga silenciosa meu coração é amarrado
N'um pacto de morte comigo em sonhos alados nas brumas sepulcral na imensidade.
Teu sono mata meus sonhos, encobre meu Céu deixando minhas noites enegrecidas!
Tristuroso espírito meu, perambula por fugazes sonhos vagueia ao tranco e barranco
Desoladoramente perco-me n'uma decadência sinto minhas forças enlanguescidas!
Permanecerei moribunda sem ti, não serei nem rascunho apenas... Páginas em branco.
(OBS) Imagem do Google: Maria Machado